Entrevista com o elenco e DJ na capa da Backstage



DJ está na capa da revista Backstage, e além de um photoshoot, essa edição também inclui uma entrevista com o elenco. Você pode conferir o original clicando aqui ou a tradução abaixo.












  



D.J. Cotrona teve menos de duas semanas para se preparar para reinterpretar um de seus personagens cinematográficos favoritos na adaptação para TV de Robert Rodriguez de seu filme de 1996 “From Dusk Till Dawn.”

“Nós fomos lançados pra dentro bem rapidamente,” ele diz enquanto bebe sua segunda xícara de café no Blue Bar do Algonquin Hotel em Midtown Manhattan. “Robert grava bem rápido. Tudo é tão rápido, então você aprende do seu jeito; é definitivamente corrido.... Mas eu prefiro assim.”

É uma descrição apropriada para o mundo de “From Dusk Till Dawn”, primeiramente trazido a vida por Quentin Tarantino (também roteirista) e George Clooney como os irmãos Gecko, dois bandidos de primeira viagem que alistam uma família vendedora de ideais Cristãos como reféns para esgueirar-los através da fronteira Mexicana.

O que moveu What moved “Dusk” além de uma saga de crimes comum para a história dos filmes indie não foi só o script “verboso”  de Tarantino e a integração sem costura de spaghetti Western e influências de filmes kung fu de Rodriguez, mas a radicalmente súbita mudança de realismo aumentado para fantasia obscura num filme de terror cheio de vampiros.

Essa mudança foi mais prolongada na primeira temporada da adaptação para tv, estreando Cotrona como Seth com fala rápida e Zane Holtz como o mentalmente desequilibrado Richie. Agora, a segunda temporada se move além da história original do clássico cult, expandindo o universo. Os primeiros dois episódios trazem uma mudança bem vinda para Richie e Seth recém encontrado para baixo, que se encontra perdido sem seu parceiro no crime.

“É engraçado porque minha carreira como ator tem sido extremamente com altos e baixos,” Cotrona diz sobre as semelhanças entre Seth e ele mesmo. “Eu tive muitas grandes oportunidades que não fruíram por uma miríade de razões, e é estranho mas eu acho que isso realmente informou minha experiência com meu personagem.”

Em 2007, Cotrona foi escalado para “Liga da Justiça: Mortal” de George Miller como Superman, um papel que potencialmente faria sua carreira, mas o projeto não deu certo. Não foi até “Querido John” em 2010 onde ele interpretou Noodle, o colega de Exército do papel-título de Channing Tatum, seguido por “G.I. Joe: Retaliação” em 2012, que o público realmente o viu na tela grande novamente.

“Você pensa sobre isso e [atores estão] constantemente correndo pra pegar um trabalho bem rápido e se safar com isso, e esse trabalho nos traz o próximo trabalho. Você se sente como se estivesse sempre na estrada tentando pegar um trabalho ou tentando pegar um saco com dinheiro, só o suficiente para continuar até o próximo.”

Mas é a “obsessão” com a perseguição e o processo, e raramente o trabalho dito, que seduzem e servem como força por trás da carreira de ator de Cotrona, da de criminal de Seth, e de “From Dusk Till Dawn.”

Atrair os fãs de volta para o inovador e nebuloso mundo de sexo, Satã, sangue e roubos de bancos do filme dependia do apoio criativo de Rodriguez. A narrativa do texas trouxe seu estilo atípico para a série de TV, fazendo-a a primeira série original de seu canal a cabo, El Rey, um movimento que garantiu seu controle criativo completo em frente e por trás da câmera.

O projeto era assustador, mas Cotrona diz que ser selecionado por Rodriguez o empurrou para confiar em seus instintos de atuação, bem como em tomar as rédeas de suas escolhas. Não havia espaço para dúvidas pessoais.

“[Robert está] sempre falando, ‘Continue criando. Continue seguindo em frente. Não duvide de nada. Pegue o primeiro instinto e vá.’

“ ‘Não há erros’ é uma grande coisa com ele,” diz Cotrona.

O estilo quick-draw de Rodriguez para a mistura de estilos se estende durante seu processo inteiro; desde filmando e editando até compondo e escalando o elenco, ele se move rapidamente e “trabalha por instinto,” de acordo com Cotrona.

Conhecido por sua habilidade de encontrar atores talentosos, desconhecidos e lançar suas carreiras (e.x., Antonio Banderas, Salma Hayek), Rodriguez vê e fortalece instituições em quem ele contrata, desafiando-os.

Cotrona relembra a sua primeira leitura de entrosamento com seu futuro irmão nas telas, Holtz, e admite que houve uma antipatia quase que imediata pelo ator de “Make It or Break It”; Rodriguez afinou sobre isso.

“Eu olhei para o [Zane] e estava, tipo, ‘Ah, isso não vai funcionar.’ [Tinha] alguma coisa sobre ele,” Cotrona diz, rindo. “Eu não sei o que é! Eu acho que quando eu vejo algo similar de mim mesmo em outra pessoa, eu instantaneamente não gosto, mas depois são essas pessoas que se tornam meus melhores amigos.”

Holtz inegavelmente arrasou em seu teste mas continuou na sala depois, contando “piadas estúpidas” e perguntando perguntas de fã para Rodriguez.

“Eu estou sentado ali pensando, Cara, cala a boca e vá embora. Você tem o emprego e está ferrando com tudo. Ele não ia embora!” Cotrona se lembra, balançando a cabeça. “Eu pensei que ele tinha estragado tudo. E ele saiu e Robert abriu um sorriso e eu sabia o que ele viu naquele momento.... O que eu achava que era o Zane perdendo o trabalho na verdade o solidificou porque [Robert] viu a relação sendo construída ali mesmo.”

“Nós temos uma [conexão] que é quase verdadeiramente como irmãos,” diz Holtz, que chama o processo de preparação de Cotrona “meticuloso.” “Nós saltamos através dos aros de ler para Robert, então nós tínhamos aquela ligação de dois atores só tentando conseguir um trabalho, e nós cementamos isso ensaiando [e] passando muito tempo juntos. Como um crédito ao D.J., as coisas que eu faço [como Richie] só funcionam quando estou interpretando com ele porque você vê nossas personalidades ricocheteando uma a outra.”

Enquanto gravando a nova temporada, o elenco—incluindo Wilmer Valderrama, Eiza González, Jesse Garcia, e Madison Davenport como a ajudante de Seth na segunda temporada—viveu no mesmo prédio, promovendo uma dinâmica familiar que os permitiu lançar ideias entre eles entre as gravações e refeições caseiras, e permanecendo confortáveis no set.
“Nós temos um processo parecido,” diz Davenport sobre a abordagem dela e de Cotrona em seus personagens. “D.J. e eu não somos atores Metódicos então nós meio que interpretamos como nós mesmos, mas pensando no que nossos personagens passaram e como isso influencia nossos sentimentos sobre um ao outro. [Seth e Kate] meio que se odeiam e se amam ao mesmo tempo; D.J. e eu temos a mesma coisa. As vezes eu digo a ele que vou matá-lo enquanto ele dorme, e ele me diz a mesma coisa!”

A combatividade divertida deles irá compensar a dureza que Cotrona promete aguardar os telespectadores de “Dusk” quando a segunda temporada voltar apenas meses depois da experiência infernal dos episódios finais da primera temporada. E a série não irá se coibir das colisões brutais com Culebras—parte humanos, parte criatura cobra-vampírica que se alimentam dos vivos.

“A única coisa que Robert está sempre dizendo no set é ‘O que é mais perigoso?’ Do ângulo de gravação até a escolha de atuação e o efeito, quão longe nós podemos forçar o terror doido? O que Greg [Nicotero, supervisor de efeitos especiais] e Robert aproveitam sobre o gênero é o fator do susto, o fator do choque, a raíz disso, e nós tentamos colocar o aspecto aterroristante de volta ao terror,” diz o ator. “Eu quero dizer, veja, se você vai ser um macaco, seja um gorila.”

Nasce uma ‘Sunstar’

Depois de trabalhar na reformulação para TV de “From Dusk Till Dawn,” “É impossível não querer sujar suas mãos em todos os aspectos,” diz D.J. Cotrona. “Eu tenho aprendido muito sobre como [Robert Rodriguez] edita e porque ele edita da forma que ele edita e a forma que ele escolhe as gravações e porque ele grava com a edição em mente.”

Criado na New England de “colarinho azul”, onde tinha pouco acesso para o mundo cinematográfico, Cotrona diz que sua atração por contação de história manteve-se uma unidade fiel independentemente do ambiante, e trabalhar com Rodriguez fortaleceu o desejo de explorar suas outras vias.

“Minhas prioridades não mudaram desde que eu tinha 9 anos. Eu cresci fazendo pequenos filmes embaraçosos com meus amigos,” ele diz. “Eu sempre encontrei muito escape das coisas difíceis crescendo em histórias e universos alternativos e filmes. Eu tenho uma pilha de fitas no meu porão que se você assistisse, você iria rir.”

Embora ele raramente fosse o protagonista, seus projetos de infância incluem “Deathcar,” onde um veículo possuído tenta matar ele e um amigo, e “Operation Sunstar,” um filme interminado que mostra Cotrona perseguindo um criminal adentro da floresta. “Bêbados [meu amigo e eu] surgimos com uma ideia para terminar o filme; nós corremos para fora da floresta com barbas, 20 anos depois,” ele diz, rindo.


“Operation Sunstar” à parte, “Eu definitivamente tenho algumas coisas que estou escrevendo e que eu realmente gostaria de gravar um dia,” Cotrona diz. “Se eu tiver coragem suficiente.”

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